O terrorismo é um procedimento que consiste no uso de violência, física e psicológica, por indivíduos ou grupos organizados, contra uma determinada ordem político-social estabelecida através de um ataque a um governo ou à população que o legitimou, de modo que os estragos psicológicos ultrapassem largamente o número de vítimas directas dessa agressão.
Existem, actualmente, dois grandes tipos de terrorismo: o terrorismo indiscriminado ou aleatório, perpetrado por actos direccionados para os danos contra um alvo indefinido com o objectivo de espalhar medo por toda uma população, e o terrorismo selectivo que pretende atingir deliberadamente um indivíduo ou um núcleo restrito de pessoas e está associado a objectivos de chantagem, vingança ou eliminação de obstáculos político-institucionais.
O terrorismo tem vindo a crescer como fenómeno político-religioso porque é, muitas vezes, a arma dos desesperados e pode ser praticado por grandes ou pequenas organizações. Além disso, provoca um grande impacto psicológico graças à extensa cobertura que, naturalmente, recolhe do sistema mediático.
Não podemos de deixar de condenar o terrorismo por diversas razões. A principal entre elas é que constitui uma violação de direitos humanos fundamentais como o direito à vida ou como o bem-estar psíquico e social, pois não se pode viver em segurança sob uma permanente ameaça, ainda por cima quando se é inocente em relação a conflitos públicos que transcendem os cidadãos comuns, principais vítimas do macro-terrorismo.
Por outro lado, mesmo como arma política o terrorismo é inútil. Raramente, ou mesmo nunca, governos e poder político em geral abrem mão da severidade para com actos terroristas e nunca abrem precedentes que possam fazer com que os terroristas se sintam estimulados ou vitoriosos. Porém, não se pode negar o fenómeno, razão pela qual é preciso estudar-lhe as razões profundas que, normalmente, residem num sentimento de humilhação de partes significativas do mundo em relação ao Ocidente. Outra medida de combate ao terrorismo é estreitar os laços de cooperação entre as polícias internacionais para que se obtenha informação relevante para o desmantelamento das redes do terrorismo internacional. Isto será muito mais eficaz do fazer guerras contra países supostamente suspeitos de apoio ao terrorismo; guerras que penalizam, sobretudo, as populações indefesas. Porém, mais importante ainda, há que levar a sério o poder da diplomacia, prestigiando as Nações Unidas e outros centros de discussão internacional, os únicos centros onde todos podem falar com todos, desde que em igualdade de participação e em circunstâncias de respeito mútuo.
Para isso seria necessário um exercício de purificação da memória. Ainda vamos a tempo.
Paulo Lopes
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sábado, 9 de maio de 2009
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